sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Rasgar Tudo

Vontade de rasgar tudo, por mais que não queira estou sambando com as palavras e elas estão querendo dizer outra coisa que não o que estou escrevendo: pode um símbolo representar mais do que a ele entregamos? Sim, pode: questão de irreverência. Essas palavras não duram muito e são torneadas por alguns afazeres meio suspeitos e incolores e eu nem sei mais de onde vem tanta vingança e tanta sede: que me abduz de forma sigilosa e quem estaria melhor que eu querendo insinuar-me tantas coisas escondidas: vem aqui no peito uma saudade do que nunca existiu: como se minha obra estivesse no varal e não houvesse sol nenhum: e a fria lua sempre insuficiente e nem por isso menos cara: ri-se de mim e de meus pretensos relâmpagos. Sobrou isso da força vital que eu nem...? Silêncio. A mão cansou. Hora de dormir, simplesmente. Quem sabe assim se vive mais e melhor. Eu não sei.